terça-feira, 26 de outubro de 2010


Vocês não podem perder a I SEMANA DA DIVERSIDADE SEXUAL E SEMINÁRIO DE ENCERRAMENTO DO CURSO EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA!

Sua presença é indispensável!


Olhem só a programação!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Currículo


Currículo é o resultado de escolhas de conhecimento de acordo com a cultura hegemônica então para que haja no meio escolar, o respeito à diversidade, às diferenças culturais, à inclusão social é preciso que as disciplinas e os conteúdos sejam pensados de forma que abranja tais conceitos e que permita um espaço para ocorrer a problematização dos mesmos.
Atualmente esta questão está em voga nas escolas, porém o que se percebe neste ambiente é a propagação, através de atitudes sutis, de muitos preconceitos. Estas atitudes fazem parte do currículo oculto, ou seja, são praticas que permeiam o cotidiano da escola, mas que não estão normatizadas em nenhum documento. A partir disto, é possível propor, para que haja a agregação dos conceitos anteriormente citados, uma mudança na postura dos educadores e de todos que trabalham na escola e, por conseguinte, uma tomada de consciência de que a escola deve ser um lugar, no qual a diversidade seja legitimada. 

Você conhece alguma escola que atenda essas necessidades curriculares?

sábado, 2 de outubro de 2010

Que tal conhecer?

Todos nós temos preconceito.
Muito se ouve que ter preconceito é inerente ao ser humano, e o conselho que se propaga nas rodas de conversa referente a este aspecto é que devemos nos policiar, no sentido de não deixar transparecer nossos preconceitos.
Caminhando nesta via, surge um problema. O policiamento por si só é ineficaz, tendo em vista que o preconceito permeia sutilmente nossas atitudes e as das pessoas que estão em nossa volta. Desta forma quando apenas me policio, não tomo atitudes necessárias para combater tal violência e nem problematizo certas atitudes.
Ao invés de praticarmos o neurótico exercício de policiamento, que tal  começarmos a praticar cotidianamente  o exercício de CONHECER o outro, respeitando suas singularidades e suas escolhas.  
Como afirma Levi-Strauss, importante antropólogo da corrente estruturalista, a humanidade encontra-se acima das culturas, independentemente dos valores individuais de cada uma. Afinal nas palavras deste autor “A descoberta da alteridade é a descoberta de uma relação, não de uma barreira.” (pag. 101).

                                                                                                                                      Gleice e Sara

Referências:
[1952] 1978 "Raça e História", in _Diversidade das Culturas, vol. L, São Paulo, Abril Cultural. 


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Alunos discordam sobre distribuição de camisinhas em escolas

Pesquisa mostra que os adolescentes têm dificuldade de acesso ao preservativos. Governo quer oferecer instalação de máquinas de camisinhas em escolas do ensino médio.

A idéia só passa a valer a partir do ano que vem. Mas já está provocando a maior polêmica.Estudantes, pais e educadores discutem se está certo ou errado instalar máquinas para distribuição de camisinhas nas escolas públicas.


Falar de sexo? É claro que quando se fala de sexo se fala de tabu, se fala de preconceito, se fala de tradição, se fala de pecado. O que mais se fala de sexo? Silêncio na sala. Que timidez!


Quando se fala de sexo, se fala também em prevenção e é aí que ela, a camisinha, entra em cena ! É o melhor jeito de evitar a contaminação pelo vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, além de prevenir a gravidez.


“As pesquisas recentes indicam que jovens entre 13 e 19 anos têm uma vida sexualmente ativa. Se eles têm uma vida sexualmente ativa, seria uma atitude dissimulada fechar os olhos para esta realida de”, afirma a doutora em antropologia Micheline de Oliveira.


O Ministério da Saúde em parceria com o Unicef fez uma pesquisa e descobriu que os adolescentes têm dificuldade de acesso ao preservativo. Por isso, escolheu a escola para encurtar este caminho. Sem querer, criou uma polêmica: afinal, escola é lugar para distribuir camisinha?


“Neste local, onde eles estão juntos em turmas de amigos, ter este acesso de maneira, sem preconceito, sem discriminação, com facilitação, acho que é o nosso papel”, a firma o coordenador do Programa DST Aids, do Ministério da Saúde, Dirceu Grecco.


Até o início do ano que vem, pelo menos quarenta escolas públicas de três capitais brasileiras vão começar a testar as máquinas de camisinhas como a mostrada na reportagem.


Mas o que pensam os adolescentes, Os mais interessados no assunto?


“Eu não concordo com estas máquinas aqui dentro da escola, porque tem os postos de saúde que di sponibilizam. E eu acho que não é o local apropriado”, afirma um estudante Mateus Vasconcelos, de 16 anos.


“É muito mais fácil, Eu estou muito mais vezes aqui na escola do que no posto de saúde”, diz a jovem Thayna Estrela, de 15 anos.


“Dá vergonha você falar para outra pessoa o que você vai fazer. Isso daí é muito constrangedor. Seria melhor com uma máquina, que a máquina você pode contar para ela tranquilo, não dá vergonha”, comenta André Fuch, de 17 anos.


O Fantástico fez um teste e usou uma câmera escondida para observar a reação dos alunos. A máquina de camisinhas passou um dia inteiro em uma escola de Florianópolis. Veja em vídeo a curiosidade da turma.


Como o acesso vai ser liberado apenas para alunos do ensino médio, só eles receberam a senha. Usar a máquina é fácil, basta digitar os números e pronto: o preservativo sai na hora.


O interesse foi enorme. Das 300 camisinhas disponíveis, 190 foram retiradas.


Alunos, professores e pais de uma escola ainda estão discutindo, mas a maioria dos estudantes prefere que a máquina seja colocada em lugares como o banheiro.


As escolas não são obrigadas a receber a máquina, mas quem aceitar a oferta do Ministério da Saúde deve promover campanhas e discussões sobre educação sexual - assunto que gera muita polêmica!


“Eu acho que a escola não é o lugar mais apropriado para isso. Primeiro a educação sexual tem que vir de casa, dos pais”, afirma a estudante Carolina Cristina dos Santos, de 16 anos.


A discussão vai além dos muros da escola. “Eu acho que a escola é o lugar adequado que os adolescentes possam adquirir a camisinha, que muitas vezes eles não conseguem em casa”, diz o psiquiatra Francisco Baptista Neto.


Falar sobre sexo em família nem sempre é fácil. Um estudante diz que, em casa, nunca toca no assunto com os pais, “Até porque dá vergonha falar isso com os pais”, diz Lucas Ortiz, de 19 anos.


Seu Édio é pai de oito filhos e sete deles estudam na mesma escola. Todos eles teriam acesso à camisinha. Ao responder se acha que isso, de alguma forma, facilitaria a conversa sobre sexualidade dentro de casa.


“Com certeza, pelo simples fato de chegar em casa contando a novidade, eu creio que vai abrir uma discussão da família com os alunos. Isso vai provocar. Eu acho que vai vir dos filhos para com os pais, que na verdade deveria ser o contrário, dos pais para os filhos”, diz Édio dos Santos.


“Eu sou contra a distribuição da camisinha na escola pelo fato de se incentivar o início da vida sexual deles”, diz uma das mães, Andréa Voges.


Uma psicopedagoga diz que a escola já está sobrecarregada.


“Eu sou completamente contra. As escolas não estão preparadas para este passo, podendo estar banalizando o ato sexual em si, incitando essas crianças a uma vida precoce, sexual, e o passo seguinte seria perguntar agora: onde eles fariam uso destas camisinhas? Nos corredores das escolas?", diz a psicopedagoga Albertina Chraim.


Perguntamos ao jovem Thales Navarro, de 16 anos, o que ele pensaria ao ver a namorada dele com uma camisinha na mão.

“Como a cabeça do homem pensa né, que é uma guria periguete”, responde ele.


“Infelizmente, a sociedade brasileira ainda vê o uso do preservativo, da camisinha, de forma bastante preconceituosa. As pessoas ainda têm a idéia de que fazer a utilização da camisinha é alguma coisa promíscua”, afirma a antropóloga Micheline de Oliveira.


“Isso facilita o estudante a querer isso. Então, isso incita o estudante a pensar que é fácil e distancia da educação que você tem em casa”, diz Otávio Velas, de 16 anos.


“Eu não vou fazer sexo porque tem um negócio de camisinha no banheiro”, defende Thayná.


“Mas se eu quero fazer sexo, qual é o problema?”, questiona Thayná.


O debate está só começando!

sábado, 21 de agosto de 2010

Quem somos?


Somos Gleice Henriques e Sara Baptista, alunas do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Juiz de  Fora, participantes do Projeto Educação sem Homofobia.
A oportunidade de criação deste espaço foi devida participação do curso Educação sem Homofobia, pensado a partir do projeto de lei Brasil sem Homofobia ( criado em 2004, com o intuito de promover a cidadania LGBT) com o principal objetivo de debater e instruir professores na luta contra a homofobia nas escolas.
É fato que atualmene nas escolas o preconceito se encotra embutido de forma sutil (logicamente há execeções, pois percebemos práticas preconceituosas de forma escancaradas) nas práticas escolares de professores,coordenadores, direores e alunos e que nada, ou muito pouco, tem sido feito para combatê-lo.
Está situação se agrava quando se trata de preconceito homofóbico, pois ao se discutir esta temática a sociedade ainda é resistente e opressora, o que provoca um afastamento e incompreensão em relação ao tema.
Movidas pelo assunto ressolvemos criar este blog como um espaço de informação e reflexão. Optamos por esta ferramenta por ser um mecanismo de divulgação e pela oporunidade de poder estender os estudos e interagir com pessoas que se interessem pela temática. 

Desde agradecemos a participação de todos e todas!