Muito se ouve que ter preconceito é inerente ao ser humano, e o conselho que se propaga nas rodas de conversa referente a este aspecto é que devemos nos policiar, no sentido de não deixar transparecer nossos preconceitos.
Caminhando nesta via, surge um problema. O policiamento por si só é ineficaz, tendo em vista que o preconceito permeia sutilmente nossas atitudes e as das pessoas que estão em nossa volta. Desta forma quando apenas me policio, não tomo atitudes necessárias para combater tal violência e nem problematizo certas atitudes.
Ao invés de praticarmos o neurótico exercício de policiamento, que tal começarmos a praticar cotidianamente o exercício de CONHECER o outro, respeitando suas singularidades e suas escolhas.
Como afirma Levi-Strauss, importante antropólogo da corrente estruturalista, a humanidade encontra-se acima das culturas, independentemente dos valores individuais de cada uma. Afinal nas palavras deste autor “A descoberta da alteridade é a descoberta de uma relação, não de uma barreira.” (pag. 101).
Gleice e Sara
Referências:
[1952] 1978 "Raça e História", in _Diversidade das Culturas, vol. L, São Paulo, Abril Cultural.
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